quarta-feira, 26 de maio de 2010

Soneto de Inês

A que depois de morta foi rainha. Pintura de Lima de Freitas

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Dos olhos corre a água do Mondego

Os cabelos parecem os choupais

Inês! Inês! Rainha sem sossego

Dum rei que por amor não pode mais.

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Amor imenso que também é cego

Amor que torna os homens imortais.

Inês! Inês! Distância a que não chego

Morta tão cedo por viver demais.

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Os teus gestos são verdes os teus braços

São gaivotassss poisadas no regaço

Dum mar azul turquesa interporal.

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As andorinhas seguem os teus passos

E tu morrendo com os olhos baços

Inês! Inês! Inês de Portugal!

José Carlos Ary dos Santos


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